O tradicional mercado da construção civil está passando lentamente por um processo de digitalização, abrindo novas oportunidades e posições no mercado de trabalho para profissionais recém-formados. Dentro do universo Building Information Modeling podemos destacar o papel do Coordenador BIM, um cargo inicial no caminho de quem almeja o posto de BIM Manager.
O Coordenador BIM
O coordenador BIM tem a função de acompanhar o andamento dos projetos e executar as estratégias definidas pelo BIM manager para o processo de modelagem.
Pensando nisso, separamos para você as principais atribuições de um coordenador BIM, como por exemplo:
Acompanhar o cronograma de projetos;
Fazer análises individuais de modelo ;
Fazer clash entre todas as disciplinas;
Garantir e facilitar a troca de informações entre os projetistas;
Habilidades
Para desempenhar todas essas atividades em termos de hard skills é necessário:
Conhecimento básico em gestão de projetos (caminho crítico, EAP, etc..);
Dominar os softwares de modelagem e compatibilização (Revit, Naviswork, Solibri, BIM Collab);
Entender sobre as atribuições de cada projetista e quais impactos uma disciplina impõe a outra.
É preciso também um leque de soft skills para fazer o processo fluir com menos atritos, como:
Capacidade analítica;
Comunicação assertiva;
Inteligência emocional, para lidar com profissionais que estão há vários anos no mercado projetando sem colaboração, trocas de informação e compatibilização tendo que se adaptar à nova realidade BIM.
Mercado de atuação
A respeito do mercado de atuação desse profissional precisamos entender como está a adoção do BIM no Brasil. Começando com alguns números: em 2018, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez uma pesquisa com empresas da construção civil sobre adoção do BIM nas ações internas e chegou ao número de 7,5% de empresas adotando a metodologia.
Já em 2020 o Sienge, juntamente com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Grant Thornton fizeram um novo mapeamento e chegaram ao número de 38,4% de adoção.
Outros dados importantes para trazermos à luz desse artigo é que: segundo a mesma pesquisa da FGV, a maior porcentagem (cerca de 47%) de adoção do BIM está na fase de análise de projetos (clash detection). Podemos concluir que mais da metade das empresas do Brasil ainda não adota o BIM, no entanto, fica claro a crescente na adoção da metodologia e seu grande mercado inexplorado.